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Funcionários da ArcelorMittal Tubarão protestam por escala de trabalho no ES.

Assembleia decidiu escala de 4 por 4 e liminar do MPT suspendeu.

Em 17/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Funcionários da siderúrgica ArcelorMittal Tubarão bloquearam parcialmente o trânsito e saíram em protesto na avenida Dante Michelini, em Vitória, na manhã desta quinta-feira (17), pela manutenção da escala atual de trabalho.

Em assembleia realizada pelos trabalhadores da empresa, foi aprovada uma escala de revezamento para trabalhar dois dias por 12 horas, com 2 horas de descanso no meio do expediente; depois, folga de 24 horas, seguido de mais dois dias com 12 horas de trabalho, cada; em seguida, folga de 96 horas. Isso seria uma escala de 4 por 4.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma liminar na Justiça para suspender o que decidiu a assembleia e designar que os funcionários trabalhem em uma escala de 6 por 2, ou seja, seis dias de trabalho para dois de folga. O MPT foi procurado pela reportagem do G1 para explicar a liminar, mas ainda não respondeu.

A ArcelorMittal Tubarão informou, em nota, que as manifestações são consequência de uma ação espontânea do empregados de turno, insatisfeitos com a mudança de escala determinada por liminar judicial.

Ressaltou também que recorreu da decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT), mas a decisão expedida em caráter de liminar obriga que a empresa cumpra a determinação nos próximos dias, até que o recurso seja avaliado.

“Queremos manter essa escala, porque esse é o melhor horário que temos para trabalhar. Na outra opção, trabalharíamos oito horas, durante seis dias, para folgar somente um. Queremos manter o que foi aprovado na nossa assembleia”, falou um funcionário da Arcelor Delson Alves.

Os manifestantes saíram às 7h da sede da empresa e seguiram em carreata pela avenida Dante Michelini até a sede do MPT, na avenida Adalberto Simão Nader.

No local, representantes dos trabalhadores se reuniram com o Procurador-chefe do Trabalho para discutir o tema e a demanda foi repassada ao procurador regional, mas ainda não foi decidido o que vai ser feito.

Depois de deixar o MPT, os participantes do protesto vão seguir em direção ao Tribunal Regional do Trabalho, no Centro de Vitória.

Fonte: g1.es