POLÍTICA INTERNACIONAL
"O Brasil resiste na defesa da democracia", diz Lula na ONU
Para Lula, há um paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia.
Em 23/09/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: © Ricardo Stuckert/PR/(By Agência Brasil)
Na abertura da Assembleia-Geral da ONU, o presidente Lula lembrou que o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo.
Ao discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as sanções unilaterais dos Estados Unidos afirmando que o mundo assiste ao aumento do autoritarismo. 

“O multilateralismo está diante de nova encruzilhada. A autoridade desta organização [ONU] está em xeque. Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões a política do poder, atentados à soberania, sanções arbitrárias. E intervenções unilaterais estão se tornando regra.”
Para Lula, existe “um evidente paralelo” entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia.
“O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades. Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas.”
Lula lembrou que o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo.
“Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades. Cultuam a violência. Exaltam a ignorância. Atuam como milícias físicas e digitais e cerceiam a imprensa. Mesmo sob ataques sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais.”
Sanções
Lula se referia às sanções econômicas aplicadas pelo governo de Donald Trump ao Brasil que impôs uma tarifa de 50% aos produtos nacionais importados pelos EUA. Ele também criticou as tentativas de interferência no Judiciário brasileiro.
Para tentar demover o Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado, Trump impôs, em julho, a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
A Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA.
O governo norte-americano também cancelou o visto de diversos ministros da Corte, entre eles, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Edson Fachin.
Ontem (22), o governo dos EUA anunciou sanções à esposa do ministro Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes. O governo brasileiro reagiu afirmando ter recebido a notícia com profunda indignação e destacando que o país “não se curvará a mais essa agressão”. (Por Paula Laboissière – da Agência Brasil)
Leia também:
> EUA impõe Lei Magnitsky à mulher de Alexandre de Moraes
> Presidente Lula se reúne com outros líderes globais nos EUA
> Líderes do Brics conversam sobre tarifaço e guerras em reunião
> Lula rebate Trump sobre Brasil ser um mau parceiro comercial
> Brasil vai propor criação de tarifa para países ricos na COP30
ACESSE: SITE | INSTAGRAM | LINKEDIN | FACEBOOK | YOUTUBE | APP | RÁDIOSNET













