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Alunos da rede estadual do ES ocupam escolas contra a PEC 241

EEEFM Almirante Barroso, em Vitória, foi fechada com cadeado por alunos.

Em 21/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Estudantes ocupam pelo menos duas escolas da rede estadual do Espírito Santo na manhã desta sexta-feira (21) em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos públicos.

As escolas ocupadas são a EEEFM Almirante Barroso, em Goiabeiras, em Vitória, e a EEEM Professor Agenor Roris, na Praia de Itaparica, Vila Velha.

De acordo com o aluno Gabriel Santos, da EEEFM Almirante Barroso, a ocupação foi combinada durante uma reunião na quarta-feira (19) com outros estudantes da rede estadual.

Ele contou que não há previsão de desocupação. “Não temos data nem hora para sair. A partir de segunda-feira vamos liberar para os aulões do Enem, mas para as aulas normais não”, disse.

Segundo Gabriel, os alunos usaram cadeados e correntes para fechar a instituição e paralisar as atividades. “Dentro da escola não tem diretor nem professor, só alunos”, disse.

Na EEEM Agenor Roris, alunos também protestam na avenida em frente à escola. Segundo a Guarda Municipal, eles bloqueiam parte da via. Agentes da Guarda estão no local ajudando a organizar o trânsito.

De acordo com Gabriel, outras escolas estaduais estão ocupadas, mas a informação ainda não foi confirmada.

A Sedu foi procurada às 8h15, mas até a publicação da reportagem não havia respondido.

PEC 241
A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo, o presidente da República poderá enviar propor uma nova base de cálculo ao Congresso.

Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.

g1/Espirito Santo