ECONOMIA NACIONAL

Brasil terá o melhor sistema tributário do mundo, diz Haddad

Ministro Fernando Haddad, afirmou que o Brasil terá o melhor sistema tributário do mundo

Em 05/08/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Antonio Cruz/Agência Brasil

O Conselhão reúne o núcleo do governo federal com representantes da sociedade civil para auxiliar na elaboração de estudos e políticas públicas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil terá o melhor sistema tributário do mundo, e citou os exemplos dos sistemas bancário e eleitoral utilizados no país. Ele discursou na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido com Conselhão, na manhã desta terça-feira (5).

“Não à toa temos o melhor sistema eleitoral e o melhor sistema bancário do mundo. Teremos também o melhor sistema tributário”, disse o ministro.

O Conselhão reúne o núcleo do governo federal com representantes da sociedade civil para auxiliar na elaboração de estudos e políticas públicas.

Após anos de debate, a reforma tributária foi aprovada no Congresso em dezembro do ano passado e sancionada em 16 de janeiro deste ano. A lei define diversos pontos que precisavam de regulamentação após a aprovação da emenda constitucional que reformulou o sistema tributário no país.

Segundo ele, os grupos de trabalho do Conselhão colaboraram para isso.

“Foram 30 grupos de trabalho para a regulamentação da reforma tributária e mais de 32 grupos de trabalho para a implementação da reforma via tecnologia da informação. Foram 200 entidades representativas do setor econômico dialogando com esses grupos”, acrescentou Haddad, afirmando que o Brasil “é grande demais para ser colônia de algum país”.

Estados Unidos

A fala do ministro da Fazenda faz referência à interferência do governo dos Estados Unidos na política interna do Brasil, bem como no Supremo Tribunal Federal (STF). No mês passado, o presidente Donald Trump anunciou tarifas mais altas para produtos importados do Brasil como retaliação pelo processo de tentativa de golpe de Estado ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro responde na Justiça.

Na prática, as tarifas de 50% para vários produtos brasileiros inviabilizam a comercialização desses produtos com os Estados Unidos.

Parcerias e apoio

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, também defendeu um ambiente com carga tributária melhor distribuída e equânime.

“O que fazer diante de uma agressão tão injusta?”, questionou.

Ele defendeu que o Brasil desenvolva parcerias estratégicas “com todos os cantos do planeta”. Defendeu, ainda, mais investimentos no país.

“Inclusive das empresas norte-americanas, que sempre investiram no Brasil”, complementou.

Representando o consórcio de governadores do Nordeste, Rafael Fonteles, do Piauí, manifestou apoio ao governo federal na implementação de medidas para mitigar o tarifaço. Em especial, com relação aos seus efeitos para o nível de emprego no país.

“Precisaremos de ações emergenciais para apoiar os exportadores”, disse ele ao defender a disponibilização crédito para os setores mais afetados; bem como compras governamentais ", disse.

“Acho que esse é o caminho, inclusive afastando (essas ações) do ajuste fiscal”, acrescentou.

Fonteles sugeriu, ainda, que o Brasil diminua a dependência do mercado norte-americano. Ele pediu atenção especial aos produtores de frutas, pescado, açúcar e minério do Nordeste. (Por Pedro Peduzzi e Andreia Verdélio/Agência Brasil)

Leia também:

Embraer descarta demissões no Brasil e negocia tarifa nos EUA
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,07%
Lula cobra recursos para crédito imobiliário para classe média
Produção industrial sobe, depois de dois meses de queda
Secretaria do Consumidor vai fiscalizar preços do gás natural
Tarifaço pode afetar 36% das exportações, diz Geraldo Alckmin

ACESSE: 
SITE | INSTAGRAM | LINKEDIN | FACEBOOK | YOUTUBE | APP | RÁDIOSNET