EDUCAÇÃO
Dia da Família: apoio na educação pode transformar o futuro
Nesta quinta-feira (15), é celebrado o "Dia Internacional da Família", data instituída pela ONU.
Em 15/05/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Divulgação/Instituto Ponte
A auxiliar administrativa Schirles Adriana kieper, de 51 anos, decidiu mudar de vida quando o filho Karl, de 15 anos, foi aprovado em um concorrido processo seletivo da Organizações não Governamentais (ONG), Instituto Ponte.
Nesta quinta-feira (15), é celebrado o "Dia Internacional da Família", data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar a importância das relações familiares na formação de crianças e adolescentes. A ocasião convida à reflexão sobre o papel exercido pela família no desenvolvimento educacional. No Brasil, onde os desafios sociais frequentemente limitam o acesso à educação de qualidade, o apoio familiar pode ser o principal diferencial na construção de trajetórias transformadoras.
No Espírito Santo, uma história que ilustra bem essa força vem do interior do estado. A auxiliar administrativa Schirles Adriana kieper, de 51 anos, decidiu mudar de vida quando o filho, Karl, de 15 anos, foi aprovado em um concorrido processo seletivo da Organizações não Governamentais (ONG), Instituto Ponte, que tem como missão ser a ponte para a ascensão social em uma geração por meio de oportunidades educacionais de excelência através de uma metodologia de formação integral. Para que o Karl pudesse estudar em Vitória, Schirles deixou sua cidade natal, São Gabriel da Palha, e enfrentou um recomeço.
“Foi um processo muito difícil. Chegamos sem casa, sem emprego, e com muito receio. Eu chorava escondida, pensando se conseguiria trabalho. Mas o olhar do Karl, a determinação dele... Isso me dava forças todos os dias.”
Ela conta que o filho sempre demonstrou sede de conhecimento, buscando conteúdos além da escola desde pequeno.
“Quando ele foi aprovado no processo seletivo do Instituto Ponte e soube que poderia ter melhores oportunidades de ensino, ficou radiante. Aquele momento foi um divisor de águas pra gente.”
A coordenadora de Projetos de Ensino, Leia Brag, explica que a história de Karl não é exceção entre os estudantes do Instituto Ponte, que hoje atende mais de 360 alunos ativos de 12 estados e 104 municípios do país, sua trajetória mostra o impacto que o envolvimento da família tem na vida escolar e emocional dos jovens.
“A principal diferença está no fortalecimento emocional. Um jovem que conta com uma família presente – e aqui é importante compreender ‘família’ como uma rede de apoio, independentemente da configuração – tem muito mais chances de se desenvolver de forma saudável.”
Segundo Leia, o essencial é que o jovem se sinta respeitado, desafiado e acolhido.
“É nesse ambiente que ele se prepara para viver as nuances da vida adulta: os desafios profissionais, os relacionamentos, a convivência com os colegas. O apoio familiar não elimina as dificuldades, mas sustenta o jovem emocionalmente para lidar com elas.”
Karl, que estava matriculado em uma escola da rede pública em São Gabriel da Palha, mudou-se para Vitória e conseguiu bolsa na Escola Americana de Vitória (EAV), que oferece aulas de contraturno, curso de inglês, orientação pedagógica e apoio psicológico, além da possibilidade de bolsas de estudo em instituições parceiras.
“Quando o jovem entra em uma nova escola, ele precisa de segurança para se colocar nesse espaço. Precisa se sentir parte, incluído, respeitado. Isso só é possível com uma base familiar que empodera, que transmite confiança."
Além de acompanhar de perto os estudantes, o Instituto Ponte mantém ações voltadas também para os familiares.
“Temos formações mensais para os pais, rodas de conversa com especialistas, projetos de orientação de vida e carreira. Criamos um espaço onde as famílias também aprendem, compartilham, se fortalecem.”
A ONG também instituiu um conselho de pais que atua ativamente no apoio a outras famílias e alunos, formando uma rede de acolhimento e engajamento. Segundo dados da própria organização, 93% dos estudantes são aprovados em vestibulares até um ano após o fim do ensino médio, e 100% concluem essa etapa na idade adequada, contrastando com a média nacional segundo o IBGE, de 73,3%.
Hoje, mais de um ano após a mudança, Schirles Adriana kiepe vê os frutos da decisão corajosa que tomou.
“Não tenho dúvidas de que tudo valeu a pena. Quando vejo meu filho com brilho nos olhos, se dedicando aos estudos, sonhando alto, eu só consigo agradecer.” (Por Lívia Bonatto/AsImp)
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