SAÚDE
Extensão de cílios causa "ceratite química" em Romana Novaes
A ceratite química é uma inflamação na córnea causada por substâncias usadas no lash lifting.
Em 10/04/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Designed by FREEPIK
A oftalmologista Marília Vilas Boas explica que a ceratite química é uma lesão da córnea provocada por produtos utilizados durante o procedimento estético nos cílios.

Siga @CORREIOCAPIXABA no Instagram
A médica Romana Novaes, esposa do DJ Alok, usou suas redes sociais nesta semana para relatar uma complicação grave após realizar um procedimento estético nos cílios. Segundo ela, após passar por um lash lifting, técnica utilizada para curvar e realçar os fios, acordou sem enxergar e com fortes dores nos olhos. O diagnóstico foi ceratite química, uma inflamação na córnea causada pelo contato com substâncias químicas.
A oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória, Marília Vilas Boas, explica que a ceratite química é uma lesão da córnea provocada por produtos utilizados durante o procedimento.
“Substâncias químicas e materiais sintéticos podem causar irritações, alergias e até obstruir dutos e glândulas da região ocular. Isso pode levar ao ressecamento dos olhos, inflamações e, em casos mais graves, infecções e danos permanentes à visão.”
De acordo com a médica, a complicação mais comum relacionada ao uso de cílios postiços é a blefarite, uma inflamação das pálpebras causada pelo acúmulo de bactérias.
“Os cílios artificiais interferem na função dos fios naturais, favorecendo inflamações. A blefarite pode ser infecciosa ou alérgica, com sintomas de coceira, ardência, vermelhidão e inchaço.”
No caso de Romana, os componentes químicos da cola utilizada entraram em contato com a córnea, provocando a Ceratite.
“Entre os sintomas mais comuns do quadro estão irritação, dores, inchaço, visão turva e até cegueira temporária.”
Outro risco comum dos procedimentos de extensão de cílios é o dano aos cílios naturais. A aplicação e, principalmente, a remoção inadequada dos fios artificiais podem provocar a queda dos cílios e, em alguns casos, perda definitiva. Além disso, se os materiais e instrumentos não forem devidamente higienizados, há risco de contaminação por fungos e bactérias, que também podem causar infecções oculares.
Para quem deseja fazer o procedimento, a recomendação é cautela. A oftalmologista orienta que a extensão de cílios não seja feita com frequência, e que pessoas com hipersensibilidade ou doenças oculares evitem esse tipo de intervenção.
“Esse é um procedimento que envolve riscos à saúde ocular, e eles podem ser graves. Se decidir realizar, faça antes um teste alérgico com a cola, escolha um profissional capacitado e que mantenha boas práticas de higiene. Se notar qualquer reação, lave os olhos com água em abundância e não use colírios por conta própria. É essencial procurar um oftalmologista para o diagnóstico e tratamento corretos.” (Por Breno Arêas/AsImp)
Leia também:
> Evento oferece orientações a gestantes e puérperas em Soteco
> Saúde promove palestra sobre novas práticas de engajamento
> Cariacica inaugura sala de teleconsultas com psiquiatra
> Viana oferece capacitação para Agentes Comunitários
> Faixa etária para a vacina HPV é ampliada em Cariacica
> Vitória abre vagas para vacinação com agendamento
> Serra promove sábado de atendimentos a mães atípicas
> UBS tem ações esta semana para celebrar Dia da Saúde
> Dia V: governador lança estratégia de vacinação contra gripe
ACESSE: SITE | INSTAGRAM | LINKEDIN | FACEBOOK | YOUTUBE | APP | RÁDIOSNET












