ECONOMIA CAPIXABA

Futuro do trabalho e educação marcam o CEO Meeting no ES

O IBEF-ES promoveu o CEO Meeting reunindo empresários, poder público e economistas do ES.

Em 27/06/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/IBEF-ES

O Espírito Santo projeta R$ 98 bilhões em investimentos distribuídos pelas 10 microrregiões, com destaque para setores como petróleo e gás, urbanização, café e infraestrutura, incluindo a chegada de aeroportos regionais e o Terminal de Granéis Líquidos de Praia Mole, com investimento de R$ 340 milhões.


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O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (IBEF-ES) promoveu, no último dia 26, mais uma edição do CEO Meeting, reunindo líderes empresariais, representantes do poder público e especialistas em economia, gestão e desenvolvimento para debater temas estratégicos para o futuro do Espírito Santo.

O presidente do IBEF-ES, Alecsandro Casassi, lembrou o papel apartidário e propositivo do instituto, que contribui com a sociedade por meio da produção e divulgação de conteúdos técnicos em veículos de comunicação do Espírito Santo.

“O IBEF constrói um legado baseado em conteúdo qualificado, servindo como fonte confiável de informação.”

O diretor de Conteúdo Técnico do Instituto, Everson Fraga, ressaltou que o CEO Meeting nasceu da necessidade de provocar discussões profundas sobre o desenvolvimento do estado.

“Temas como qualificação da mão de obra, retenção de talentos, diversidade geracional e transformação digital são centrais para que o Espírito Santo continue gerando valor social e econômico.”

O presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, apresentou dados que apontam um crescimento do PIB capixaba de 3,45% em 2024, com geração de empregos, aumento de renda e destaque nacional em indicadores como competitividade e transparência. O estado projeta R$ 98 bilhões em investimentos distribuídos pelas 10 microrregiões, com destaque para setores como petróleo e gás, urbanização, café e infraestrutura, incluindo a chegada de aeroportos regionais e o Terminal de Granéis Líquidos de Praia Mole, com investimento de R$ 340 milhões.

O presidente da Cesan, Munir Abud, apresentou o plano de investimentos da companhia, que prevê a universalização do saneamento básico até 2033. Destacou a recente realização de leilão para a concessão do esgotamento sanitário em diversas cidades e os avanços em Guarapari, onde a empresa conseguiu atender toda a população com água potável mesmo no pico do verão. Abud anunciou ainda a construção da maior usina de dessalinização do Brasil, a ser implantada no estado.

Representando o setor mineral, Sérgio Mileipe, diretor de Operações da Samarco, falou sobre os avanços no processo de repactuação das indenizações do rompimento da barragem de Mariana. A empresa já investiu R$ 38 milhões na Fundação Renova e anunciou R$ 100 bilhões em recursos para as pessoas atingidas.

“Nosso compromisso é com a excelência, com retomada gradual e mão de obra local para garantir que os investimentos gerem emprego e renda no Espírito Santo.”

O economista Orlando Caliman, diretor da Futura, apresentou um panorama do mercado de trabalho capixaba, alertando para as dores atuais - como a falta de mão de obra qualificada — e futuras, que começam na base educacional. Ele defendeu políticas estruturantes e educação de qualidade para evitar gargalos em um cenário de crescimento.

Durante o painel sobre força de trabalho, moderado por Pedro Chieppe Ferraço, vice-presidente do IBEF-ES, representantes de grandes empresas compartilharam suas estratégias para lidar com os desafios de capacitação e diversidade. Jorge Oliveira, da ArcelorMittal, destacou parcerias com entidades como o Sesi e programas de integração. Rodrigo Ruggiero, da Vale, apontou a importância de adaptação às novas gerações e ao uso da tecnologia. Já André, da Suzano, alertou sobre a canibalização da mão de obra por empresas de fora e destacou a valorização de trabalhadores indígenas e venezuelanos.

Paulo Wanick reforçou a importância de um crescimento com integridade e criticou os excessos do assistencialismo.

“Vamos consolidar todas as reflexões do evento em uma carta que será entregue ao governador. O Espírito Santo precisa crescer com dignidade.”

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