ECONOMIA CAPIXABA
Governo do ES e setor produtivo discutem impactos do tarifaço
Os encontros aconteceram no Palácio Fonte Grande, em Vitória, sob liderança de Ricardo Ferraço.
Em 29/07/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O vice-governador e coordenador do Comitê de Enfrentamento das Consequências do Aumento das Tarifas de Importação (CETAX), do Governo do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, lembrou que a possibilidade real de redução de oportunidades no mercado de trabalho preocupa e muito.
O Comitê de Enfrentamento das Consequências do Aumento das Tarifas de Importação (CETAX), do Governo do Espírito Santo, realizou, na segunda-feira (28), as duas primeiras rodadas de reuniões com a participação dos setores econômicos diretamente afetados pelas medidas anunciadas pelo governo do Estados Unidos da América. Os encontros aconteceram no Palácio Fonte Grande, em Vitória, sob liderança do vice-governador Ricardo Ferraço, coordenador do comitê.
Ricardo Ferraço lembrou que a possibilidade real de redução de oportunidades no mercado de trabalho preocupa e muito.
“Esse tarifaço é absolutamente injusto e confirmamos que o Governo do Estado está ao lado do setor produtivo, dos empreendedores e dos trabalhadores. A possibilidade real de redução de oportunidades no mercado de trabalho nos preocupa e muito. Nesse primeiro momento, vamos diagnosticar o alcance e o impacto dessa medida na economia do Espírito Santo e com foco na manutenção dos empregos e da saúde das empresas exportadoras.”
Ferraço ressaltou ainda que alguns setores econômicos locais têm os Estados Unidos como principal destino de suas exportações.
“Cadeias importantes como a do aço, derivados de ferro, celulose, café, pimenta do reino, gengibre, frutas, macadâmia, pescado, rochas naturais e outros estão conosco nessas rodadas de conversas com o comitê. De tudo que exportamos aqui no Espírito Santo, praticamente 30% tem como mercado os Estados Unidos.”
A primeira reunião do dia foi dedicada ao agronegócio, setor diretamente afetado pelas novas medidas. Participaram produtores e representantes de segmentos como café, café solúvel, gengibre, pescados, pimenta-do-reino, macadâmia, celulose, mamão e ovos. Cada grupo apresentou suas vulnerabilidades, iniciativas em andamento e possíveis estratégias de enfrentamento. Uma das principais preocupações levantadas foi com os pequenos produtores e a economia familiar. Nesse sentido, ações de apoio envolvendo crédito e renegociação de dívidas serão discutidas em articulação com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
No período da tarde, o foco foi o setor de rochas ornamentais, especialmente impactado pelo tarifaço, uma vez que mais de 65% das exportações capixabas são destinados para o país norte-americano. Cidades como Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e Serra estão entre as mais afetadas.
Desafio
Durante o encontro, um dos representantes do setor, o presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Thales Machado, relatou a atual apreensão dos empresários e o desafio de competir com mercados como Itália, China, Índia e Turquia. “Hoje temos cerca de 1.200 contêineres parados que não foram cancelados, mas que estão suspensos à espera de uma definição. Há esperança de ajuste, mas é preciso agir”, pontuou, ressaltando ainda as dificuldades de encontrar mercados alternativos com o mesmo potencial do americano.
Atualmente, mais de 300 empresas capixabas exportam rochas ornamentais para os Estados Unidos. A expectativa do setor é contar com linhas de crédito específicas para exportação, que possam mitigar os efeitos imediatos da taxação. As reuniões do comitê continuarão nos próximos dias, com o objetivo de estruturar, de forma conjunta e coordenada, planos de ação que levem em conta as especificidades de cada segmento produtivo, promovendo alternativas viáveis diante do novo cenário internacional.
O secretário de Estado de Desenvolvimento, Rogério Salume, destacou a importãncia de entender a margem real de cada empresa e trabalhar com fatos. .
“É fundamental que os setores atuem de forma coordenada, com foco em dados objetivos e estratégias de diversificação de mercados. É importante entender a margem real de cada empresa e trabalhar com fatos. O momento pede união e ação concreta.”
Fazem parte do comitê representantes das Secretarias da Fazenda (Sefaz), Casa Civil (SCV), Economia e Planejamento (SEP), além da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e Banco do Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Juntos, esses órgãos irão trabalhar em um esforço colaborativo para entender o cenário atual e desenvolver estratégias eficazes para mitigar os danos causados por essas tarifas. (Com informações da Vice-Governadoria do ES)
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