ECONOMIA CAPIXABA
Setor de serviços lidera criação de empregos formais no estado
Depois de dois meses de retração, o mercado de trabalho voltou a respirar aliviado em agosto.
Em 24/10/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Envato/Divulgação/(By Connect Fecomércio-ES)
Segmento se destacou com o saldo de 1.247 novas vagas, entre admissões e demissões. Já a agropecuária fechou 1.008 postos de trabalho. Com isso, o Espírito Santo teve saldo de 906 contratações em agosto, após dois meses seguidos de queda.
Depois de dois meses de retração, o mercado de trabalho capixaba voltou a respirar aliviado em agosto. O Espírito Santo registrou saldo positivo de 906 novos empregos formais – entre admissões e demissões –, impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que teve variação positiva de 1.247 vagas e foi o grande responsável por reverter a tendência de queda nas contratações. O resultado sinaliza uma retomada gradual, mas consistente, da confiança dos empresários e da vitalidade do mercado local.
Na sequência, aparecem a indústria, com saldo de 394 postos de trabalho, o comércio (177) e a construção (96), sendo que agropecuária manteve a tendência de retração, com o fechamento de 1.008 vagas formais.
As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Nos serviços, o segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o que mais contribuiu para o saldo positivo, com 778 novos empregos, distribuídos entre administração pública em geral (237), educação (272) e atenção à saúde humana (264). O segmento de alojamento e alimentação também se destacou, com 231 novas vagas, reflexo da demanda crescente por serviços terceirizados de alimentação corporativa, que desde 2023 já acumula crescimento de 25%.
Desempenho
Segundo o coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, o desempenho de agosto no estado representa uma recomposição natural do mercado, que vinha de dois meses de ajustes após o pico sazonal da colheita do café. Ele destacou que, mesmo com o recuo da agropecuária, o Espírito Santo manteve o saldo positivo graças à força do setor de serviços e ao dinamismo de segmentos ligados à administração pública, educação e saúde.
“O resultado mostra a resiliência do mercado de trabalho capixaba. Os serviços continuam sendo o principal motor da economia, sustentando a geração de empregos formais mesmo em um cenário de desaceleração nacional.”
Entre os municípios capixabas, Vitória liderou as contratações em agosto, com 730 novas vagas, seguida por Vila Velha (270) e Cachoeiro de Itapemirim (209). Na Grande Vitória, o saldo foi de 1.021 empregos, enquanto o interior apresentou leve retração (-115), ainda impactado pela desaceleração das atividades agrícolas.
No acumulado entre janeiro e agosto, o estado soma 19.120 novos empregos formais, chegando a 928.520 vínculos com carteira assinada, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. A indústria cresceu 2,9%, o comércio 2,8% e os serviços 2,7%, enquanto a construção civil recuou 0,6%.
Em termos absolutos, o setor de serviços liderou a geração de postos, com 11.288 novas vagas formais no intervalo entre agosto de 2024 e o mesmo mês deste ano. O comércio aparece em seguida, com 6.314 empregos criados. Somados, esses dois setores responderam por cerca de 80% de todas as novas vagas abertas no estado no período de 12 meses.
Spalenza declarou que, além da recuperação do saldo positivo, a inserção feminina no mercado de trabalho também merece destaque.
“Mais da metade das vagas criadas no ano, 51,2%, foi ocupada por mulheres (9.785), o que confirma uma tendência de maior protagonismo feminino no mercado formal capixaba.”
Apesar da retomada, o coordenador observou que o mercado enfrenta desafios estruturais, como o avanço da informalidade e a escassez de mão de obra qualificada.
“É preciso tornar o emprego formal mais atrativo, oferecendo melhores pacotes de benefícios e condições de flexibilidade. O futuro do trabalho passa por esse equilíbrio entre segurança e modernidade”, completou. (Por Kelly Kalle/AsImp/C2)
Pesquisa:
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no LINK
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